Excelente texto. Escritor, autor e profissional da literatura, três cabeças como um Cérbero demoníaco, guardando a entrada do Hades de nossa vaidade, por vezes sufocando os sonhos literários mais recôndidos lá embaixo, nos subterrâneos do inconsciente ( não, isso eu não vou escrever, o que vão pensar de mim? ou, isso não vou escrever, não tem mercado!) e a dimensão escritor cada vez mais diminuída pelas outras duas, aquele átimo cada vez menor... Será que Hemingway pensou nisso tudo antes de puxar o gatilho? Ou desesperou-se por faltar gelo no uísque? Marcel Citro
Depois desses dois ótimos textos , o post do Kiefer e o comentário do Marcel, todos nós ficamos meio inibidos. O que escrever? Eu mesma só estou tendo a coragem de postar este comentário porque estou (na ótima definição do Kiefer) naquele momento mágico e fugaz em que sou escritora.
Minha relação com a literatura sempre foi pautada por esse assunto. Nunca me esqueci do que contavas em aula sobre o Mário de Andrade, que, no final de sua vida, referia-se à sua própria obra "com um respeito quase sobrenatural", como se não tivesse sido ele quem de fato a realizara. Era, agora sabemos, o autor percebendo que o escritor era outro. Deste às coisas o nome que as coisas têm; e, a uma idéia brilhante e original, um texto belo e definitivo.
Excelente texto! Vou torcer para que, a exemplo do que fez Saramago com os textos de o "Caderno de Saramago" (blog do autor português), você também resolva publicar as pérolas que lemos aqui. Parabéns, Kiefer!
Obrigado por compartilhar esse belíssimo texto! Penso que tuas palavras valem não só para o escritor, mas também para o artista - e, por que não, o psicanalista - , pois estes também trabalham com essa matéria prima tão poderosa e ao mesmo tempo tênue e evanescente que é o inconsciente. E o risco de que os "dois outros" do artista/analista ameacem o que no ato criativo se produz também se coloca quando de sua arte se faz profissão, ou motivo de ostentação...
O Christian falou do Mário de Andrade, lembrei de vários outros artistas que falaram do assombro que tiveram ao encarar suas obras, dentre eles, a Clarice Lispector representando os escritores. Foi o Cortázar quem falou do conto possessão? Sobre o conflito com a parte "em que não se escreve" da escrita, diversos já demonstraram sentir o mesmo conflito. Pode ser que muitos já tenham sentido a mesma coisa, mas ninguém tinha usado a espingarda (que tem que disparar) para libertar o escritor. A imagem é perfeita!!!!! Em um tiro, renova absurdamente a temática. Parabéns. Leila de Souza Teixeira
Um elogio ao escritor Charles Kiefer para um aumento no ego do autor Charles Kiefer: excelente. Lendo o texto, lembrei daquela velha história dos locutores de rádio, que as pessoas quando conhecem pessoalmente dizem "mas és tu?". Às vezes isso também acontece com textos... Abraço
Uma pessoa escreve porque tem necessidade de expor seus pensamentos,idéias com o objetivo de tocar aos seus leitores de alguma forma.
Não é necessário sermos escritores para comentarmos obras! O que une os leitores é a fascinação pela literatura independente de suas profissões.
É enriquecedor a troca de idéias e penso ser gratificante para um escritor, ter conhecimento de como seus leitores reagem a sua arte. O blog é uma excelente ferramenta para esta ponte entre escritor e os leitores.
Excelente texto. Escritor, autor e profissional da literatura, três cabeças como um Cérbero demoníaco, guardando a entrada do Hades de nossa vaidade, por vezes sufocando os sonhos literários mais recôndidos lá embaixo, nos subterrâneos do inconsciente ( não, isso eu não vou escrever, o que vão pensar de mim? ou, isso não vou escrever, não tem mercado!) e a dimensão escritor cada vez mais diminuída pelas outras duas, aquele átimo cada vez menor...
ResponderExcluirSerá que Hemingway pensou nisso tudo antes de puxar o gatilho? Ou desesperou-se por faltar gelo no uísque?
Marcel Citro
Depois desses dois ótimos textos , o post do Kiefer e o comentário do Marcel, todos nós ficamos meio inibidos. O que escrever? Eu mesma só estou tendo a coragem de postar este comentário porque estou (na ótima definição do Kiefer) naquele momento mágico e fugaz em que sou escritora.
ResponderExcluirPois é ... O que dizer depois disso tudo ?? Elogiar e dizer que és mestre !! Meu carinho e o desejo de uma semana feliz.
ResponderExcluirMinha relação com a literatura sempre foi pautada por esse assunto. Nunca me esqueci do que contavas em aula sobre o Mário de Andrade, que, no final de sua vida, referia-se à sua própria obra "com um respeito quase sobrenatural", como se não tivesse sido ele quem de fato a realizara. Era, agora sabemos, o autor percebendo que o escritor era outro. Deste às coisas o nome que as coisas têm; e, a uma idéia brilhante e original, um texto belo e definitivo.
ResponderExcluirExcelente texto! Vou torcer para que, a exemplo do que fez Saramago com os textos de o "Caderno de Saramago" (blog do autor português), você também resolva publicar as pérolas que lemos aqui. Parabéns, Kiefer!
ResponderExcluirObrigado por compartilhar esse belíssimo texto! Penso que tuas palavras valem não só para o escritor, mas também para o artista - e, por que não, o psicanalista - , pois estes também trabalham com essa matéria prima tão poderosa e ao mesmo tempo tênue e evanescente que é o inconsciente. E o risco de que os "dois outros" do artista/analista ameacem o que no ato criativo se produz também se coloca quando de sua arte se faz profissão, ou motivo de ostentação...
ResponderExcluirO Christian falou do Mário de Andrade, lembrei de vários outros artistas que falaram do assombro que tiveram ao encarar suas obras, dentre eles, a Clarice Lispector representando os escritores. Foi o Cortázar quem falou do conto possessão? Sobre o conflito com a parte "em que não se escreve" da escrita, diversos já demonstraram sentir o mesmo conflito. Pode ser que muitos já tenham sentido a mesma coisa, mas ninguém tinha usado a espingarda (que tem que disparar) para libertar o escritor. A imagem é perfeita!!!!!
ResponderExcluirEm um tiro, renova absurdamente a temática. Parabéns. Leila de Souza Teixeira
Um elogio ao escritor Charles Kiefer para um aumento no ego do autor Charles Kiefer: excelente. Lendo o texto, lembrei daquela velha história dos locutores de rádio, que as pessoas quando conhecem pessoalmente dizem "mas és tu?". Às vezes isso também acontece com textos... Abraço
ResponderExcluirUma pessoa escreve porque tem necessidade de expor seus pensamentos,idéias com o objetivo de tocar aos seus leitores de alguma forma.
ResponderExcluirNão é necessário sermos escritores para comentarmos obras!
O que une os leitores é a fascinação pela literatura independente de suas profissões.
É enriquecedor a troca de idéias e penso ser gratificante para um escritor, ter conhecimento de como seus leitores reagem a sua arte.
O blog é uma excelente ferramenta para esta ponte entre escritor e os leitores.
abraço