O poema bocejou, raspou as patas
no tapete, fitou-me com dezprezo.
Saltaria enfim sobre o meu peito?
Era um poema lindo na tarde finda
Tinha pele macia, dentes de marfim.
Ah, tenho ainda a sensação tão doce
e crua, a magnífica visão do animal
estupendo: o poema ali, retesado,
ritmo só, melodia pura, projetado
em pés perfeitos e rimas raras.
Saltaria enfim sobre o meu peito?
O poema apenas se mexeu, raspou
as patas no tapete e adormeceu.
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Charles,
ResponderExcluirLembro dele talvez do tempo do quinteto que propuseste, tu sempre agregador. Lembrei da Luciane, da Ana, do Paulo Renato, a nossa formação original, antes de termos o César conosco. Bom, aquele momento. Beijo,
Perfeita expressão !!!
ResponderExcluirkiefer, adorei esse poema. beijos.
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