Antes da partenogênese inicial, e por uns trinta minutos, todos nós fomos uma célula só.
Agora, buscamos essa unidade perdida no amor, na arte, as únicas coisas capazes de oferecer uma pequena ilusão de integridade e permanência neste mundo em acelerado processo de desagregação.
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Uma ótima reflexão...
ResponderExcluirAmor e arte valorizados e bem vividos podem mudar muita coisa
Abraços
a gente tá senpre em busca deste paraíso perdido né....bj!
ResponderExcluirO "acelerado processo de desintegração" de que falas ocorre também, ao que parece, no mundo natural: uma pesquisadora norte-americana (creio que do Instituto Tecnológico de Massachusetts, posso confirmar a referência) declarou, há poucas semanas, em um programa de tevê sobre telescópios gigantes, que análises recentes do espaço possibilitadas por esses aparelhos deixam claro que as infinitas parcelas de matéria e antimatéria que compõem o universo, surgidas com o Big Bang, não estão se desacelerando em relação ao ponto incial, como seria de se esperar (de acordo com os preceitos da física tradicional), e sim se afastando, em taxas crescentes, em relação ao centro do universo, e em relação umas às outras. "É como se uma 'gravidade negativa' as animasse a as empurrasse (nos animasse e nos empurrasse) para um destino inapelável, o de uma solidão inimaginável e absoluta, em relação a tudo o que há e o que já houve no universo", disse a cientista. E continua: "Chegaria enfim um momento em que até as moléculas se desagregariam, depois os átomos e por fim as partículas sub-atômicas, que chegariam a distâncias infinitas entre si. Este seria, então (ou será, pois é nisso que acreditamos hoje), o fim do universo."
ResponderExcluirQuanto mais a individualidade avança como a nos dizer ''é isso'', menos penso que só e somente só sejamos algo que não a parte de um contexto celular.
ResponderExcluirBruno B. Paiva
Charles,
ResponderExcluirO livro de contos (Logo tu repousarás também)que você gentilmente me enviou, ganho aqui no sorteio, chegou ontem. Obrigado!
Já o li todo. Sensacionais contos. Quem sabe, um dia, eu conseguirei elaborar histórias como as suas: complexas, psicológicas, que caminham por vias tortuosas e acabam desembocando na surpresa, no inesperado ou num terrível vazio que nos deixa a dúvida: "ishh, o que terá havido?"
Destaque para Belino, esplêndida.
Pena vc e sua oficina literária não estarem aqui em Sampa...
abraços!
Cesar Cruz
Veja só, a longevidade do homem tem aumentado. O mundo evolui, não para formar zigotos, mas para eternizar o criador.
ResponderExcluirAbraço!