Se estamos ingressando no Tempo dos Infortúnios, e creio que estamos, deveríamos criar, como forma de compensação, o Tempo da Reação Organizada.
Que a Natureza (com maiúscula, como se escrevia à época em que a respeitávamos) despertou e ruge, parece mais que evidente. Se a causa é a ação humana (emissão de gases poluentes, destruição de florestas e desertificação pelo mau uso do solo) ou astronômica (tempestades solares, mudança dos pólos magnéticos, ação gravitacional de um mítico décimo planeta, que faria a sua órbita a cada 3.600 anos – Nêmesis ou Hercóbulus, para os gregos; Nibiru, para os assírios e babilônios; Estrela de Absinto, para os antigos semitas; Planeta Vermelho, Planeta Intruso, Planeta Higienizador ou Planeta Viajante para os místicos de variadas épocas e culturas – não importa. O que importa é que muita gente está morrendo e vai morrer de forma catastrófica. Organizações internacionais calculam que teremos entre 3 a 4 milhões de óbitos por fenômenos naturais nesta segunda década do século XXI.
A primeira década já deu uma demonstração alentada do que vem por aí: terremoto do Haiti, entre 250 e 300 mil mortos; tsunami no oceano índico, 330 mil mortos; erupção de cinzas do vulcão Eyjafjallajökull, que gerou bilhões de dólares de prejuízo, especialmente para a área da aviação civil. Não cito aqui as dezenas, senão centenas, de eventos menores, como enchentes, deslizamentos, incêndios florestais, vazamentos tóxicos e outros fenômenos naturais que produziram milhares de mortos.
E o que mais nos espera? Terremotos, maremotos, erupções vulcânicas de grande magnitude (atenção para o Etna, na Itália, e para o Parque Nacional de Yelowstone, nos EUA). Creio, também, que estamos entrando numa nova era glacial, mas essa tem pouca importância imediata, já que as glaciações são fenômenos de longa duração. Dados de satélite demonstram que a calota polar norte voltou a crescer nos últimos dois anos e alguns cientistas já falam em "mini-glaciação", que aconteceria nos próximos vinte anos.
Diante desse quadro, deveríamos seguir o exemplo dos norte-americanos, que em 1979 criaram a FEMA (Federal Emergency Management Agency ou Agência Federal de Administração de Emergências), um órgão público que coordena respostas rápidas às ocorrências de grandes desastres, naturais ou não.
(Depois de ter escrito isso, um amigo lembrou-me a existência da Secretaria Nacional da Defesa Civil. Pesquisei e descobri que no dia 01 de dezembro de 2010 foi promulgada a lei 12.340, que dispõe sobre o SINDEC. Menos mal, e sinal que o governo brasileiro também está atento ao que vem por aí... Para conhecer a Lei basta clicar duas vezes em http://www.datadez.com.br/content/legislacao.asp?id=112059).
Não podemos mais apelar para paliativos, convocando a bondade ingênua para a arrecadação de sacolinhas de roupas usadas e alimentos não perecíveis. O tempo não corre a nosso favor. Que a presidente Dilma, que se mostrou uma excepcional gerente em todas as áreas em que atuou, convoque a sociedade civil, a Câmara Federal e o Senado para ações preventivas e eficientes, de curto, médio e longo prazo. Copiar os bons exemplos sempre foi boa política.
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Lido e apreciado. Com objetividade, juntemos as mãos para redigir anteprojetos de leis e enviar aos nosso deputados para encaminhamento.
ResponderExcluirÉpoca de solidariedade e de ação. Estamos jutos nesse barco viajante. Abraço. Cátia Simon
ResponderExcluirOi,
ResponderExcluirOlha só a coincidência. Hoje assisti no telecine cult um documentário de duas horas falando exatamente sobre essas teorias que falas.
Chama-se "2012 - Startling News Secrets". Vai passar novamente na quinta-feira das 10:00-12:10hs, na net canal 65.
Bis,
Marisa