quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Bibliografia teórica básica para o participante de oficina

Durante uma entrevista ao jornalista Luiz Gonzaga Lopes, do Correio do Povo, que deverá sair nos próximos dias, tive a idéia de postar aqui uma pequena lista de livros teóricos que utilizo nas minhas aulas de oficina literária. Como muita gente não pode frequentá-las, minha sugestão é que lessem os livros abaixo.


1. Teoria do Conto

BITTENCOURT, Gilda Neves da Silva. O conto sul-rio-grandense: tradição e modernidade. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 1999.

BOSCH, Juan. Teoría del cuento. Tres ensayos. Mérida: Universidad de Los Andes, 1967.

BULLRICH, Silvina. Carta a un joven cuentista. Buenos Aires: Santiago Rueda Editor, 1968.

CORTÁZAR, Julio. Valise de cronópio. São Paulo: Perspectiva, 1974.

GOYANES, Mariano Baquero. Qué es el cuento. Madrid: Editorial Columba, 1967.

IMBERT, Enrique Anderson. Teoría y técnica del cuento. Buenos Aires: Marymar, 1979.

KIEFER, Charles. A poética do conto: De Poe a Borges, um passeio pelo gênero. São Paulo: Editora Leya, 2011.
—. Para ser escritor. São Paulo: Editora Leya, 2010.

MORAES LEITE, Ligia Chiappini. O foco narrativo. São Paulo: Ática, 1985.

PIGLIA, Ricardo. O laboratório do escritor. São Paulo: Iluminuras, 1994.

PREGO, Omar. O fascínio das palavras. Entrevistas com Júlio Cortázar. Rio de Janeiro: José Olympio, 1991.

PROPP, Vladimir I. Morfologia do conto maravilhoso. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1984.

REUTER, Yves. A análise da narrativa. O texto, a ficção e a narração. Rio de Janeiro: DIFEL, 2002.

TODOROV, TZVETAN. Poética da prosa. Lisboa: Edições 70, 1971.

—. Teoria da Literatura – Textos dos formalistas russos. Lisboa: Edições 70, 1987.


2. Teoria da crônica

CANDIDO, Antônio et all. A crônica: O gênero, sua fixação e suas transformações no Brasil. São Paulo: UNICAMP, 1992.


3. Teoria do romance e da novela

ANNA, Romano Affonso de. Análise estrutural de romances brasileiros. São Paulo: Ática, 1989.

BAKHTINE, Mikhail. Questões de literatura e estética – A teoria do romance. 2. ed. São Paulo: UNESP/HUCITEC, 1990.

BOURNEUF, Roland et QUELLET, Real. O universo do romance. Coimbra: Almedina, 1976.

DOURADO, Autran. Uma poética do romance: matéria de carpintaria. Rio de Janeiro: DIFEL, 1976.

ECO, Umberto - Obra Aberta. São Paulo: Perspectiva, 1976. 288p.

JAMES, Henry. A arte da ficção. São Paulo: Imaginário, 1995.

JOSEF, Bella. Romance hispano-americano. São Paulo: Ática, 1986.

LAJOLO, Marisa. Como e por que ler o romance brasileiro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004.

LUKÁCS, Georg. A teoria do romance. Lisboa: Editorial Presença, 1962.

KUNDERA, Milan. A arte do romance. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988.

MAESTRI, Mário. Por que Paulo Coelho teve sucesso. Porto Alegre: AGE, 1999.

MENDILOW, Adam Abraham. O tempo e o romance. Porto Alegre: Editora Globo, 1972.

MORETTI, Franco. Atlas do romance europeu. São Paulo: Boitempo, 2002.

MUIR, Edwin. A estrutura do romance. 2. ed. Porto Alegre: Globo, 1975.

SODRÉ, Muniz. Best-seller: a literatura de mercado. São Paulo: Ática, 1985.

TODOROV, Tzvetan. As estruturas narrativas. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 1970.


4. Teoria da poesia

ARISTÓTELES. Poética. Porto Alegre: Globo, 1966. (Trad. Eudoro de Sousa).

BACHELARD, Gaston. Fragmentos de uma poética do fogo. São Paulo: Brasiliense, 1990.

BLOOM, Harold. A angústia da influência. Uma teoria da poesia. Rio de Janeiro: Imago, 1991.

BARTHES, Roland. O prazer do texto. Rio de Janeiro: Perspectiva, 1977.

BOSI, Alfredo. O ser e o tempo da poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

DUFRENNE, Mikel. O poético. Porto Alegre: Globo, 1969.

ELIOT, T. S. Ensaios escolhidos. Lisboa: Cotovia,1992.

ESTEBAN, Claude. Crítica da razão poética. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

KAVÁFIS, Konstantinos. Reflexões sobre poesia e ética. São Paulo: Ática, 1998.

KIEFER, Charles. Mercúrio veste amarelo. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1994.

KONDER, Leandro. “Para ler poesia”. In: As artes da palavra. São Paulo: Boitempo, 2005.

MORICONI, Ítalo. Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

PAZ, Octavio. La casa de la presencia. México: Fondo de Cultura Econômica, 1994.

PIGNATARI, Décio. O que é comunicação poética. São Paulo: Ateliê Editorial, 2004.

POE, Edgar Alan. “A filosofia da composição”. In: Poemas e ensaios escolhidos. 2. ed. Porto Alegre: Globo, 1987.

POUND, Ezra. A arte da poesia. São Paulo: Cultrix, 1998.

SANTOS, Volnyr. Poesia uma palavra em falta (Uma anatomia do poema). Porto Alegre: WS Editor, 2002.

STEIGER, Emil. Conceitos fundamentais da poética. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1975.

TEZZA, Cristóvão. Entre a prosa e a poesia : Bakhtin e o formalismo russo. Rio de Janeiro : Rocco, 2003.

TINIANOV, Iuri. O problema da linguagem poética I: O ritmo como elemento constitutivo do verso. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1975.

—. O problema da linguagem poética II. O sentido da palavra poética. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1975.

TREVISAN, Armindo. A poesia: uma iniciação à leitura poética. 2. ed. Porto Alegre: Uniprom, 2001.


5. Teoria de dramaturgia


FREIRE, António. O teatro grego. Braga: Publicações da Faculdade de Filosofia, 1985.

LESKY, Albin. A tragédia grega. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 1990.

STANISLAVSKI, Constantin. A criação de um papel. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira: 1972.

SCHÜLLER, Donaldo. Literatura grega. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1985.



6. Teoria da literatura e afins

AGUIAR E SILVA, Vitor Manuel. Teoria da literatura. 6. ed. Coimbra: Almedina, 1984.

ARISTÓTELES. Poética. Porto Alegre: Globo, 1966.

AUERBACH, Erich. Mímesis: a representação da realidade na literatura ocidental. 3. ed. São Paulo: 1994.

BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 3. ed. São Paulo: 1986.

CÂNDIDO, Antônio. Formação da literatura brasileira. 6. ed. Belo Horizonte: 1981.

DACANAL, José Hildebrando. Linguagem, poder e ensino da língua. 4. ed. Porto Alegre: WS Editor, 2006.

HAUSER, Arnold. História social da literatura e da arte. (Tomos I e II). São Paulo: Mestre Jou, 1982.

HEGEL, G. W. F. Estética. Lisboa: Guimarães Editores, 1993.

IMBERT, Enrique Anderson. A crítica literária: seus métodos e problemas. Coimbra: Almedina, 1986.

KAYSER, Wolfgang. Análise e interpretação da obra literária (Introdução à ciência da literatura). 5. ed. Coimbra: Armênio Amado Editor, 1970.

MARTINS, Nilce Sant´Anna Introdução à estilística: A expressividade na língua portuguesa. São Paulo: Queiroz Editor, 1989.

PARATORE, Ettore. História da literatura latina. 13. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1983.

REIS, Carlos. O conhecimento da literatura introdução aos estudos literários. Porto Alegre: Edipucrs, 2003.

SANTOS, Fausto dos. Filosofia aristotélica da linguagem. Chapecó: Argos, 2002.

TODOROV, Tzvetan. Teoria da literatura: textos dos formalistas russos. Lisboa: Edições 70, 1987.

WELLEK, René e WARREN, Austin. Teoria da literatura. 4. ed. São Paulo: Europa-América, s. d.

WIMSATT, William, e BROOKS, Cleanth. Crítica literária: Breve história. 2. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1980.

7 comentários:

  1. É um luxo! Obrigada,
    Lilian

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  2. Deus me livre de tanta teoria! Sinceramente, sou da opinião de que escrever é uma das coisas que não se aprende nem se ensina em cursos. Quer saber do romance - lê os bons romancistas; quer saber da poesia - conhece os grandes poetas. Reconheço ser impossível nunca passar por um pouco de teoria. Mas teoria em profusão - tratando-se de literatura - não me agrada.

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  3. Parabéns pela excelente iniciativa. Precisamos de teoria sim, como todos os profissionais, o escritor também precisa estudar, praticar e desenvolver cada vez mais o seu talento.

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  4. Boa tarde, gostaria de saber se há curso ou oficina literária com você, pois tenho interesse em participar.
    Obrigada.
    Ana Pires

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