Tanto na literatura quanto no cinema, os títulos de obras estrangeiras, principalmente, frequentemente são prejudicados pela falta de tato de tradutores e adaptadores tacanhos. Mas realmente, às vezes a nossa própria obra nos grita desesperadamente seu nome e nós não ouvimos, percebendo o equívoco só quando já é tarde demais. E um título ruim é uma das poucas partes de um texto que não pode ser revisado em uma segunda edição.
Kiefer, Gostei do seu trabalho, ao qual cheguei por indicação de Luciana Farias, de Porto Alegre. Chegando, espantei-me com a feliz coincidência. Também tenho, há alguns anos, uma oficina literária e um trabalho acadêmico com criação, nos quais abordo o tema a partir de um ponto de vista descomplicado, assim como você. Tenho atualmente uma coluna na Germina, revista virtual de literatura editada em São Paulo e Minas. Se houve tempo, dê uma olhada no meu "ABC da Literatura na Blogosfera", um guia para iniciantes. Acho que você verá algumas semelhanças de abordagem. Um abraço.
Interessante, muito interessante essa colocação sobre títulos. Como aspirante a escritora fico presa a armadilha do melhor título, como leitora nunca me deixo enganar pelo título. Regina Porto
Acho que a última frase define tudo: um título ruim pode arruinar uma boa obra, e vice-versa. Essa também é uma questão que quebra a cabeça dos jornalistas, como é o meu caso. Quando estava trabalhando em uma redação (seja de rádio ou jornal) sempre quebrava a cabeça para fazer títulos e chamadas. Afinal, é aquela velha questão: se o leitor não se interessar pelo título, por quê ele irá ler a matéria? acho que há muitas semelhanças nesse sentido com a literatura. Aliás, a exemplo do Crônicas de uma morte anunciada (que ao contrário do que muitos pregam, que o título deve ser obrigatoriamente curto, é um título mais extenso e criativo), também gostei do título daquele livro do Bukowski: O capitão saiu para o almoço e os marinheiros tomaram conta do navio. É algo bem bukowskiano mesmo, mas pelo menos pra mim, funcionou. E foi fiel a obra. Abraço!
Ótimo texto. Concordo com o maumau acima: "às vezes a nossa própria obra nos grita desesperadamente seu nome e nós não ouvimos". Recentemente, após finalizar meu primeiro livro, faltava-me o título que eu procurava há uns seis meses. Pedia ajuda e inspiração à todos. Meu pai quis saber do que se tratava meu livro e expliquei mais ou menos assim: "é a história de um falso acaso." Pronto, apareceu o título: Falso Acaso. Comercial ou não, isso eu não sei. Só sei que o romance de uma estudante de jornalismo de 22 anos é bem difícil ganhar espaço, independente de título ou não. Parabéns por esse espaço. Serei leitora assídua!
e quantos livros consagrados temos à nossa volta com maus títulos e más histórias?!
ResponderExcluirTanto na literatura quanto no cinema, os títulos de obras estrangeiras, principalmente, frequentemente são prejudicados pela falta de tato de tradutores e adaptadores tacanhos. Mas realmente, às vezes a nossa própria obra nos grita desesperadamente seu nome e nós não ouvimos, percebendo o equívoco só quando já é tarde demais. E um título ruim é uma das poucas partes de um texto que não pode ser revisado em uma segunda edição.
ResponderExcluirKiefer,
ResponderExcluirGostei do seu trabalho, ao qual cheguei por indicação de Luciana Farias, de Porto Alegre. Chegando, espantei-me com a feliz coincidência. Também tenho, há alguns anos, uma oficina literária e um trabalho acadêmico com criação, nos quais abordo o tema a partir de um ponto de vista descomplicado, assim como você. Tenho atualmente uma coluna na Germina, revista virtual de literatura editada em São Paulo e Minas. Se houve tempo, dê uma olhada no meu "ABC da Literatura na Blogosfera", um guia para iniciantes. Acho que você verá algumas semelhanças de abordagem. Um abraço.
Interessante, muito interessante essa colocação sobre títulos. Como aspirante a escritora fico presa a armadilha do melhor título, como leitora nunca me deixo enganar pelo título.
ResponderExcluirRegina Porto
Acho que a última frase define tudo: um título ruim pode arruinar uma boa obra, e vice-versa. Essa também é uma questão que quebra a cabeça dos jornalistas, como é o meu caso. Quando estava trabalhando em uma redação (seja de rádio ou jornal) sempre quebrava a cabeça para fazer títulos e chamadas. Afinal, é aquela velha questão: se o leitor não se interessar pelo título, por quê ele irá ler a matéria? acho que há muitas semelhanças nesse sentido com a literatura. Aliás, a exemplo do Crônicas de uma morte anunciada (que ao contrário do que muitos pregam, que o título deve ser obrigatoriamente curto, é um título mais extenso e criativo), também gostei do título daquele livro do Bukowski: O capitão saiu para o almoço e os marinheiros tomaram conta do navio. É algo bem bukowskiano mesmo, mas pelo menos pra mim, funcionou. E foi fiel a obra. Abraço!
ResponderExcluirÓtimo texto. Concordo com o maumau acima: "às vezes a nossa própria obra nos grita desesperadamente seu nome e nós não ouvimos". Recentemente, após finalizar meu primeiro livro, faltava-me o título que eu procurava há uns seis meses. Pedia ajuda e inspiração à todos. Meu pai quis saber do que se tratava meu livro e expliquei mais ou menos assim: "é a história de um falso acaso." Pronto, apareceu o título: Falso Acaso. Comercial ou não, isso eu não sei. Só sei que o romance de uma estudante de jornalismo de 22 anos é bem difícil ganhar espaço, independente de título ou não. Parabéns por esse espaço. Serei leitora assídua!
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