Primeiro te parebenizo por este escrito, uma bela reflexão!!!
Depois, seguindo Sócrates, sabemos que este saber que nada sabemos é a nossa dialética para seguir na fervura da Vida, seja em mais subjetividades, seja em mais mergulhos... No entanto, também sabemos que pelas fervuras da Escrita está o porvir, está o trabalho e, por isso devemos ficar sempre atentos as "tampas" das panelas, lagos e mares, entre-lugares, na minha opinião, onde mais sucedem as causas do congelamento e da sacralização...
Enfim, nas águas da Literatura onde tudo é possível, sem tantas aspas, um dia também será possível mais Vida(s),ou não?
Penso que é importante o autor valorizar e até se colocar um pouco na condição de contemplador da sua criação, mas é preciso ter cuidado com excessos! Realmente, a não-capacidade de ouvir críticas afeta as pessoas em qualquer atividade, na Universidade, no mercado de trabalho, em casa... Muito legal o blog! Abraço
Mas também tem o contrário: aquele que não acredita em seu próprio texto, aquele que não se reconhece valor, mesmo que tenha. Como se Narciso se olhasse no lago e dissesse "que sujeito feio sou eu " e se desencantasse tanto da vida que decidiria não comer, não dormir e fenecer. A escassez de auto-estima é tão perniciosa quanto o excesso. É silenciosa e destrutiva, mas não faz textos sibilantes
esta é a primeira leitura, de muitas que desejo fazer por aqui, aprendiz de teus ensinamentos como sempre. E em silêncio pensando sobre este Narciso ou seu contrário, como bem observou o Marco Antonio, no comentário anterior. Abraço, longa vida ao blog, parabéns.
antes de mais nada parabéns pelo BLOG que acompanho a cada mensagem recebida. Leio tudo e fico satisfeito. Nesse caso da sacralização do texto, comigo acontece algo, talvez, invertido. Quer dizer: a sacralização da idéia, que é um tipo de bloqueio de escrita. Julgo ter uma idéia maravilhosa e quando vou às práticas, acho tudo uma porcaria, que é lugar comum, que já foi dito, que não sei fazer diferente, que está igual a tudo, que não sei escrever(isso é o mais provável). Vejo tanto livrinho por aí que penso que serei mais um a publicar algo parecido (se publicar!). Talvez eu nomeie isso de "a sacralização de si mesmo como escritor". Nesse caso também morre um autor.
Charles, ultimamente me preocupa (e me preocupa a mim) o que o Marco Antonio escreveu sobre aquele que não acredita (não em seu próprio texto, o qual temos que ser não-narcísicos) em si, ou está em dúvida, se realmente dá para a coisa. Leandro Scalabrin
Como professor sabes que o escritor iniciante passa, no mínimo, por duas fases: a idéia de que seu texto é ótimo (e acabado); a constatação da sua incapacidade. Conforme Assis Brasil, nessa outra fase o escritor desiste do texto. Se não chegar a tanto, provavelmente o professor desistirá do aluno. De qualquer forma, o novato que ama seu texto e tem dificuldade com a crítica, seguirá escrevendo para si mesmo, como bem posto por ti. Mais um chato no mundo. Acompanho, com muito prazer, o teu trabalho. José Carlos Laitano
C.K., fica difícil, aos novatos, fazer uma autocrítica de seus escritos. Corremos este risco de idolatria demasiada ou severa punição ao nosso texto. Tu pedias auxílio a Quintana, meu adorável professor Trevisan era socorrido com críticas de C. Lispector, Cecícia Meireles e Drumond. E nós, pobres mortais desconhecidos, quem terá a paciência e a lucidez de dizer - Avante, podes te comtemplar à vontade , nas águas silenciosas do lago literário. Admiro-te muito!! L. Johnson
Se o escritor "é", ele "é", e as idiossincrasias inerentes a ele comportam o todo na extensão exata do seu gênio. Na esteira de Rilke, o escritor não pede licença para escrever. E se a vaidade o impedir de fazê-lo, ele, de toda sorte, continua sendo o que é. Nem mais, nem menos. Abraço
Li a Sacralização e, do todo, o que mais me marca é o "nada saber", mais que a vaidade narcisa, por ser algo que surge em mim e me vem crescendo em consciência a cada dia. Essa percepção do "não saber" é antagônica posto que, quanto mais experimento, mais certeza tenho do que preciso aprender.
Em uma primeira lida, parece se tratar de um banho de água fria no ânimo de quem está começando, como é o meu caso. Mas lendo mais atentamente, é isso mesmo. A prova são os nomes que se tornaram clássicos na literatura, como Erico Verissimo, Machado de Assis, Jorge Amado, entre outros. Acho que esse texto não vale só para a questão literária, mas também, para a vida em qualquer área (profissional, pessoal, amorosa, etc). Aliás, na vida amorosa esse é um grande problema, porque ao invés das pessoas amarem o outro elas se amam na imagem do outro, e quando descobrem que o outro é o outro, e não elas mesmas, aí vai tudo para as cucuias, como diria o meu pai, Nabucodonosor, lá nas Missões. Abraço!
Já tinha lido teu texto, mas reli agora a convite do mail. Bela reflexão, com a qual concordo. No fim das contas, o que o autor acha de seu texto se perde na hora em que chega até o leitor. É difícil ser um bom auto-crítico (seja para o que funciona e o que não funciona), mas é um exercício, e mais ainda quando ouvimos de mente aberta a opinião dos outros, especialmente se também escrevem. Muitas vezes o texto é lido como algo muito distante do que o autor quis passar, e esse é o barato. Tem que ter mente aberta, e continuar buscando, errando, recomeçando. Às vezes é difícil escrever despretensiosamente, sem esperar que o conto ou romance se torne a nova sensação da literatura, mas é justamente isso que nos bloqueia. Acho que tem que dar a cara pra bater, e quem escreve tem que estar preparado para ser criticado. Pelo menos se quiser que sua literatura cresça, como bem assinalaste.
Charles, O escritor é quase sempre um apressado nas ideias, em suas contemplações e quase sempre em avaliar a si mesmo. Mas sabemos que há muita diferença entre aquele que escreve - o escrivinhador - e o ser especial que traz o mesmo tema, os mesmos assuntos como novas ideias dentro de um texto fruto de uma linguagem apta a um verdadeiro escritor. Eis um grande diferencial: laborar a palavra. Parabéns pelo blog está excelente. Tania Nunes
Acho este assunto muito instigante, mexe com nossas vaidades...Prefiro amar a mim, como ser pensante/atuante/sensível que ameu reflexo, que ora por estar em lagos claros e limpos, ora numa turva poça d'água...Quanto à critica, há que saber escutá-la:nem ignorá-la, nem torná-la a única opinião na face da terrra. E claro, checar a procedência do crítico! Abraços, adorei, Mônica
Caro Kiefer, querido Poeta e mãos de tintas!!!
ResponderExcluirPrimeiro te parebenizo por este escrito, uma bela reflexão!!!
Depois, seguindo Sócrates, sabemos que este saber que nada sabemos é a nossa dialética para seguir na fervura da Vida, seja em mais subjetividades, seja em mais mergulhos... No entanto, também sabemos que pelas fervuras da Escrita está o porvir, está o trabalho e, por isso devemos ficar sempre atentos as "tampas" das panelas, lagos e mares, entre-lugares, na minha opinião, onde mais sucedem as causas do congelamento e da sacralização...
Enfim, nas águas da Literatura onde tudo é possível, sem tantas aspas, um dia também será possível mais Vida(s),ou não?
Um abraço carinhoso.
Carmen Silvia Presotto
www.vidraguas.com.br
Penso que é importante o autor valorizar e até se colocar um pouco na condição de contemplador da sua criação, mas é preciso ter cuidado com excessos! Realmente, a não-capacidade de ouvir críticas afeta as pessoas em qualquer atividade, na Universidade, no mercado de trabalho, em casa...
ResponderExcluirMuito legal o blog!
Abraço
Jeferson
Mas também tem o contrário: aquele que não acredita em seu próprio texto, aquele que não se reconhece valor, mesmo que tenha. Como se Narciso se olhasse no lago e dissesse "que sujeito feio sou eu " e se desencantasse tanto da vida que decidiria não comer, não dormir e fenecer.
ResponderExcluirA escassez de auto-estima é tão perniciosa quanto o excesso. É silenciosa e destrutiva, mas não faz textos sibilantes
Charles,
ResponderExcluiresta é a primeira leitura, de muitas que desejo fazer por aqui, aprendiz de teus ensinamentos como sempre. E em silêncio pensando sobre este Narciso ou seu contrário, como bem observou o Marco Antonio, no comentário anterior. Abraço, longa vida ao blog, parabéns.
Obrigada por mais esta reflexão
CK,
ResponderExcluirantes de mais nada parabéns pelo BLOG que acompanho a cada mensagem recebida. Leio tudo e fico satisfeito.
Nesse caso da sacralização do texto, comigo acontece algo, talvez, invertido. Quer dizer: a sacralização da idéia, que é um tipo de bloqueio de escrita. Julgo ter uma idéia maravilhosa e quando vou às práticas, acho tudo uma porcaria, que é lugar comum, que já foi dito, que não sei fazer diferente, que está igual a tudo, que não sei escrever(isso é o mais provável). Vejo tanto livrinho por aí que penso que serei mais um a publicar algo parecido (se publicar!). Talvez eu nomeie isso de "a sacralização de si mesmo como escritor". Nesse caso também morre um autor.
Renato.
Charles, ultimamente me preocupa (e me preocupa a mim) o que o Marco Antonio escreveu sobre aquele que não acredita (não em seu próprio texto, o qual temos que ser não-narcísicos) em si, ou está em dúvida, se realmente dá para a coisa.
ResponderExcluirLeandro Scalabrin
Como professor sabes que o escritor iniciante passa, no mínimo, por duas fases: a idéia de que seu texto é ótimo (e acabado); a constatação da sua incapacidade. Conforme Assis Brasil, nessa outra fase o escritor desiste do texto. Se não chegar a tanto, provavelmente o professor desistirá do aluno.
ResponderExcluirDe qualquer forma, o novato que ama seu texto e tem dificuldade com a crítica, seguirá escrevendo para si mesmo, como bem posto por ti. Mais um chato no mundo.
Acompanho, com muito prazer, o teu trabalho.
José Carlos Laitano
C.K., fica difícil, aos novatos, fazer uma autocrítica de seus escritos. Corremos este risco de idolatria demasiada ou severa punição ao nosso texto. Tu pedias auxílio a Quintana, meu adorável professor Trevisan era socorrido com críticas de C. Lispector, Cecícia Meireles e Drumond. E nós, pobres mortais desconhecidos, quem terá a paciência e a lucidez de dizer - Avante, podes te comtemplar à vontade , nas águas silenciosas do lago literário. Admiro-te muito!! L. Johnson
ResponderExcluirEis minha primeira visita por aqui... ótimo blog! Darei uma lida mais atenta nos posts, quando voltar com mais tempo.
ResponderExcluirGrande abraço!
Se o escritor "é", ele "é", e as idiossincrasias inerentes a ele comportam o todo na extensão exata do seu gênio. Na esteira de Rilke, o escritor não pede licença para escrever. E se a vaidade o impedir de fazê-lo, ele, de toda sorte, continua sendo o que é. Nem mais, nem menos. Abraço
ResponderExcluirLi a Sacralização e, do todo, o que mais me marca é o "nada saber", mais que a vaidade narcisa, por ser algo que surge em mim e me vem crescendo em consciência a cada dia. Essa percepção do "não saber" é antagônica posto que, quanto mais experimento, mais certeza tenho do que preciso aprender.
ResponderExcluirEm uma primeira lida, parece se tratar de um banho de água fria no ânimo de quem está começando, como é o meu caso. Mas lendo mais atentamente, é isso mesmo. A prova são os nomes que se tornaram clássicos na literatura, como Erico Verissimo, Machado de Assis, Jorge Amado, entre outros. Acho que esse texto não vale só para a questão literária, mas também, para a vida em qualquer área (profissional, pessoal, amorosa, etc). Aliás, na vida amorosa esse é um grande problema, porque ao invés das pessoas amarem o outro elas se amam na imagem do outro, e quando descobrem que o outro é o outro, e não elas mesmas, aí vai tudo para as cucuias, como diria o meu pai, Nabucodonosor, lá nas Missões. Abraço!
ResponderExcluirOi, Charles.
ResponderExcluirJá tinha lido teu texto, mas reli agora a convite do mail. Bela reflexão, com a qual concordo. No fim das contas, o que o autor acha de seu texto se perde na hora em que chega até o leitor. É difícil ser um bom auto-crítico (seja para o que funciona e o que não funciona), mas é um exercício, e mais ainda quando ouvimos de mente aberta a opinião dos outros, especialmente se também escrevem. Muitas vezes o texto é lido como algo muito distante do que o autor quis passar, e esse é o barato. Tem que ter mente aberta, e continuar buscando, errando, recomeçando. Às vezes é difícil escrever despretensiosamente, sem esperar que o conto ou romance se torne a nova sensação da literatura, mas é justamente isso que nos bloqueia. Acho que tem que dar a cara pra bater, e quem escreve tem que estar preparado para ser criticado. Pelo menos se quiser que sua literatura cresça, como bem assinalaste.
Obrigado pelo texto.
Grande abraço!
Charles,
ResponderExcluirO escritor é quase sempre um apressado nas ideias, em suas contemplações e quase sempre em avaliar a si mesmo. Mas sabemos que há muita diferença entre aquele que escreve - o escrivinhador - e o ser especial que traz o mesmo tema, os mesmos assuntos como novas ideias dentro de um texto fruto de uma linguagem apta a um verdadeiro escritor. Eis um grande diferencial: laborar a palavra.
Parabéns pelo blog está excelente. Tania Nunes
Acho este assunto muito instigante, mexe com nossas vaidades...Prefiro amar a mim, como ser pensante/atuante/sensível que ameu reflexo, que ora por estar em lagos claros e limpos, ora numa turva poça d'água...Quanto à critica, há que saber escutá-la:nem ignorá-la, nem torná-la a única opinião na face da terrra. E claro, checar a procedência do crítico!
ResponderExcluirAbraços, adorei, Mônica