sexta-feira, 24 de abril de 2009

A nuança da palavra

Este texto encontra-se agora em Para ser escritor, Editora Leya, 2010.

6 comentários:

  1. E por esta unidadade vamos suando entre tintas e passos!!!

    Um abraço Kiefer e que bom escutar a importância de seguirmos em busca da palavra única, feito átomos de tintas.

    Carmen Silvia Presotto
    www.vidraguas.com.br

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  2. Jeferson Montag26/4/09 17:36

    Os textos aqui escritos são muito bons para estudo e reflexão, principalmente para aqueles cuja rotina não permite participar de Oficinas e demais atividades relacionadas à Literatura.

    Obrigado!

    Jeferson Montag

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  3. A essência deste texto é como uma idéia um tanto paradoxal que eu venho desenvolvendo ao longo de alguns anos de observações sobre amigos ou conhecidos daltônicos. O que aparentemente é um defeito, uma deficiência, na visão do indivíduo, pode também ser encarado como um recurso a mais, um salto na escala evolutiva do ser humano, porém não compreendido por falta de uma capacidade física. A visão convencionada pelos "normais" abraça gamas de cores e as transforma em uma coisa só, como "vermelho sangue", "vermelho rubi" etc. No final todos são vermelhos. Para o daltônico, no que se refere a cores, parece não haver sinônimos, não haver agrupamentos. Ao contrário do que se pensa, o portador de daltonismo não "confunde as cores", justamente pelo fato de elas não serem iguais. Para ele, cada matiz tem um significado. Mas essa é apenas uma teoria baseada na mais pura forma de empirismo e dedução. Me pareceu pertinente como uma forma de metáfora. Um abraço.

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  4. O que mais me dá prazer em escrever é a busca du mot juste. Na verdade, palavra por palavra, tento desmentir a Clarice e o Caeiro e provar que o que existe é dizível e pensável. Coincidentemente, falei um pouquinho sobre o que os dois pensam do assunto, no blog
    http://terceirajanela.blogspot.com/
    Leila

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  5. Olá, Kiefer!
    E não adianta buscar nos dicionários. Como escreveu Drummond, é preciso tirar as palavras do estado de dicionário. Estou adorando os textos.
    Beijos,

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  6. O excelente, e até pouco conhecido, contista brasileiro Murilo Rubião (nosso Cortázar!), era um reescrevedor diligente e incansável. Contam os que estudam sua obra, composta basicamente por 36 contos (se não me engano na contagem), que Rubião os reescreveu à exaustão, por anos a fio. Qual a busca? A palavra exata, a palavra exata!

    Abç
    Cesar Cruz

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