Do coração
Não faço mais poemas bucólicos.
O coração já não pasta.
Da lingüística
Ora, direis, pensar em decassílabos!
Prefiro as sílabas.
Da noite
Era noite alta.
Caí da cama.
Da TV
Ciclópico olho quadrado.
Fita as coisas na sala.
Da xícara
Toda molhada, ela se dá
inteira aos lábios lúbricos.
Do guardanapo
Desconfio que napo
seja sinônimo de baba.
Da leitura
Para se ler A montanha mágica
é preciso fôlego de alpinista.
Da verdade matinal
Quando lavas o rosto não sentes
que acaricias uma caveira?
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Teacher!
ResponderExcluirTaí uma boa idéia pra tentar desenvolver em aula!
Vamos desaforizar!
Ayalla Aguiar
O último se sobressaiu, eu achei.
ResponderExcluirMini-poemas! Muito bons. Lembrou o menor poema brasileiro: "amor, humor", de Oswald de Andrade.
ResponderExcluirabç
Criativo por demais, muito bom !!
ResponderExcluirObrigado, Charles!
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