quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Churrasquinho de ET

Sequer sabíamos o que a vida é, se a notícia divulgada pela NASA for verdadeira. Uso a partícula expletiva, porque é possível que o anúncio seja uma fraude, um erro de avaliação, uma pesquisa distorcida. No universo, tudo é possível. É possível até que a história da bactéria que tem arsênio em seu DNA seja um grande primeiro de abril, mesmo tendo sido anunciada em 02 de dezembro de 2010. Qualquer contaminação na extração do DNA da bactéria poderia alterar completamente o resultado. Por isso, é preciso cautela, são necessários novos exames, novas pesquisas para então, sim, anunciar-se que a vida é mais complicada, ou mais fascinante, do que parecia.

Mas, tomemos a história por verdadeira: encontraram uma bactéria alienígena, ou diferente de tudo o que se conhecia, num lago. Então, a vida extraterrestre não é tão inviável assim, nem tão estatiscamente improvável.

Nada mais será como antes. Um dia, hei de sentar-me ao lado de meus netos e contar-lhes sobre a nossa perplexidade, quando os paradigmas biológicos afogaram-se num lago de arsênio.

Sim, porque nesse dia, quando a NASA anunciou a estranha descoberta, iniciou-se uma revolução científica sem precedentes. A vida, eu sempre pensei, é menos frágil do que se supõe, nem é uma característica de um planeta azul e privilegiado. A vida, em suas infinitas variações e graus, é um dom intrínsico à mecânica do universo, que, aliás, nem isso é. O universo é um multiverso.

Agora, virão outras novidades: o uso da antigravidade para fins locomotores; o uso da força eletromagnética (Tesla) para fins meteorológicos e bélicos (H.A.A.R.P.); a recuperação artificial dos telômeros das células, para reversão da velhice. Enfim, o admirável mundo novo está apenas começando.

Aos mais renitentes, aos que se apegam demais as suas "certezazinhas científicas", é bom lembrar de Nietszche, que disse: "Num universo de infinitas possibilidades todas as possibilidades são possíveis". Até a existência clara, objetiva e insofismável de naves espaciais extraterrestres e de seres tecnologicamente mais competentes que nós. Imaginem uma civilização que tivesse um milhão de anos de revolução industrial e tecnológica... A nossa, não tem nem dois séculos, e já andamos viajando pela lua, mandando sondas espaciais a Marte e para além do sistema solar...

Espero que eles sejam espiritualmente mais avançados que os meus irmãos humanos. Carl Segan dizia que a nossa vez de sermos índios chegaria quando o Cristóvão Colombo do espaço ancorasse em nossas praias! Stephan Hawkins teme pela sobrevivência da humanidade, caso façamos contato com alienígenas.

Da minha parte, espero não virar churrasquinho de ET! O que me leva a pensar seriamente em transformar-me em vegetariano radical. Choramos a morte de um gato ou de um cão, e mastigamos sem piedade um bife de vaca. Será que os ETs não somos nós, aqui mesmo, nesse planeta-água?