segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Acerca de lançamentos

Este texto encontra-se agora em Para ser escritor, Editora Leya, 2010.

21 comentários:

  1. Concordo!
    Porém acrescento que estas mesmas livrarias deveriam retribuir o prestígio, cobrando um percentual menor do que cobrado em uma venda normal, já que seriam vendidos muitos livros no mesmo momento.

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  2. Também concordo com o Charles e acho oportuna a observação do Beto.

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  3. Concordo inteiramente. Lugar de livro é na livraria. Não costumo interferir nos lançamentos dos meus alunos, mas sempre que me pedem uma opinião sobre locais, sugiro uma livraria. E se a livraria tiver algum serviço de bar, fica perfeito.
    Luiz Antonio de Assis Brasil

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  4. Charles, a tua tese é perfeita.
    Mas temos que considerar também que hoje a maioria dos autores PAGA para editar suas obras. O dia do lançamento é a oportunidade que o autor tem para obter lucro e abater parte do seu investimento. E nesse dia a maioria dessas livrarias costuma cobrar 50% do preço de capa, oferecendo quase nada em troca, enquanto o autor está enchendo a livraria de pessoas que vão comprar o seu livro e também podem aproveitar para comprar outros livros.

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  5. Cláudia Baumgarten7/12/09 06:29

    É redundância depois de tudo que já foi dito, mas me parece lógico que lugar de livro é em livraria! Além do mais, em bares ou assemelhados perde-se todo o glamour que a circunstância exige.
    Cláudia Baumgarten

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  6. Acho que a tentativa dos que optam por outros lugares em seus lançamentos é de inovação. Fazer um pouco diferente, chamar atenção. Pode-se chamar atenção dentro de uma livraria também, mas parece que as idéias dos autores acabam na última linha do livro.

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  7. Parecem unânimes as opiniões de que o local apropriado para lançamentos de livros são as livrarias.
    Por que será, então, que outros lugares, ao invés de livrarias, têm sido priorizados, ultimamente?
    Valeria a pena saber as razões dessa escolha.

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  8. Não querendo polemizar. Mas, se levarmos em consideração que algumas livrarias cobram até 55% do preço de capa, sendo, assim, possivelmente quem mais fatura em toda a cadeia para levar o livro desde o autor até o leitor, e que o escritor - a origem do negócio - é o que menos ganha nisso tudo, não seria o lançamento uma boa oportunidade para quem escreveu ganhar algum?

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  9. Luiz Alberto Rossi7/12/09 10:31

    Acho o primeiro comentário (de Beto Canales) muito apropriado. Além do mais, no mínimo, o dono da livraria recebe de graça uma boa publicidade, por vezes atpe no programa do Ostermann.

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  10. Caro Charles,
    li e reli o teu artigo e os comentários registrados até agora.
    A tese levantada efetivamente prestigia e fortalece o principal canal de vendas de livros - a tradicional livraria.
    No entanto, os tempos andam bicudos e merecem uma reflexão e análise.
    a) As livrarias se deparam hoje com fortes concorrentes: supermercados, escolas, porta a porta, distribuidores, internet, farmácias, bancas, feiras, correio, expositores/gôndolas, professores e até bares e restaurantes;
    b) Os editores e/ou autores quando bancam a edição necessitam de retorno imediato, portanto buscam as melhores condições de revenda para amortizar o investimento;
    c) Uma sessão de autógrafos normalmente representa um "reencontro de amigos" e pressupõe um ambiente mais informal, logo, o local escolhido sempre busca atender ao perfil sócio/cultural do autor e de seus amigos.

    Caro Charles, são tantas as variáveis e alternativas que interferem neste processo que eu ousaria afirmar o seguinte: o detalhe do local da sessão de autógrafos não vai interferir no "negócio" do livro e vai, sim, fortalecer e difundir o gosto pela escrita e pela leitura.
    Passo a relatar alguns dados estatísticos que refletem o atual momento do livro no Brasil e que comprovam esta minha linha de raciocínio.
    Em 2008 foram vendidos 333.264.519 exs; na divisão básica, 211.542.458 exs vendidos para o mercado e 121.722.061 exs vendidos para o Governo( didáticos e paradidáticos).
    Esta venda representou um faturamento de 3,3 bilhões de reais que correspondem apenas a 0,11% do PIB do Brasil, que foi de 2,9 trilhões de reais.
    Em 2008 foram lançados em primeira edição 19.174 títulos, divididos pelos dias úteis do ano, resulta na média de 77 novos títulos por dia lançados no mercado brasileiro.
    Quanto aos canais de comercialização do livro, os principais são:
    45,64% livrarias - mas inclui também os
    e-consumidores - são mais de 15 milhões até metade de 2009;
    25,32% distribuidores;
    13,66% porta a porta;
    Estes três representam 84,62% e incidem somente sobre a venda para o mercado( 211 milhões de exemplares).
    A ANL - Associação Nacional de Livrarias, após levantamento, chegou ao número de 2.676 livrarias no Brasil(no universo de 5.564 municípios apenas 15% têm livrarias);

    A ABEDV - Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas informa no seu site que somente a Avon tem um efetivo de revendedoras autônomas superior a um milhão de pessoas e que o livro " A Menina que roubava livros" de Markus Susak, de cada quatro exemplares vendidos no Brasil, três foram vendidos para clientes da Avon.

    Meu caro Charles, conheço e respeito os teus distintos e coerentes propósitos, mas no caso do local da "sessão de autógrafos", abra um excepcional precedente e vá lá dar uma força do teu prestígio ao novo autor, mesmo que seja num barzinho.
    A essência está no ato de ler.

    Roque Jacoby
    Ex-editor de Charles Kiefer.

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  11. Acho que as livrarias são, sim, locais ideais para lançamentos de livros, seja de novos autores ou não. Porém, compartilho da opinião de vários dos comentários acima, talvez tenham que ser revistos alguns pontos para que as livrarias sejam a primeira escolha, ou não, que simplesmente o escritor decida aonde deseja lançar seu livro e não seja, por este motivo, desprestigiado por ninguém.

    Karen Scopel

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  12. O lançamento aberto ao público precisa sim ser num lugar de livre acesso e reconhecido por uma maioria, sem qualquer constrangimento. Afinal, um não fumante não deve ser constrangido a entrar num lugar para comprar um livro e ser obrigado a fumar o cigarro dos outros num bar ou restaurante onde está sendo lançado com exclusividade. Sinceramente, lançar livros em locais alternativos à livrarias, pode acontecer para os mais achegados ou ainda este ou aquele grupo pré-definido, mas não como um primeiro evento públicico em torno da obra.

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  13. "Livro se lança em livraria, essa é – ou deveria ser – a lógica do mercado. Sempre que um autor desrespeita essa lógica, ajuda a afundar ainda mais o “negócio” do livro."

    A lógica do mercado é a lógica do mercado. Se tantos autores estão lançando em bares, deve ser porque vendem mais, ou auferem mais lucros. O mercado segue o lucro maior. Essa é a lógica. A lógica do trecho acima é apenas a lógica que você gostaria que o mercado seguisse, Charles.

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  14. Este comentário foi removido pelo autor.

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  15. Não sei se concordo contigo. Se lançamentos de livros têm acontecido em casas noturnas, também as livrarias, cada vez mais, não têm oferecido ambientes de café ou bar para atrair antigos e novos clientes? Não é, em tese, a mesma coisa? Penso que o problema não está em quem lucra com a venda do livro, mas no pouco que se lucra com ela no país. O cobertor é curto, é a velha história. Fôssemos uma população de leitores, haveria clientes para todos, livrarias, bares ou postos de gasolina. E essa discussão provavelmente nem teria surgido.

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  16. Publicando pela Record, não tendo que bancar a própria produção do livro, fica fácil lançar em livraria que come 50% do lucro...
    Tenta ser um escritor novo que precisa recuperar a grana suada e vê se não prefere lançar em um bar...

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  17. Tenho acompanhado os comentários. Solicito apenas que o "anônimo" que fez comentários sobre o Cardoso que o retirasse. Democracia é respeito e aquela afirmação postada ali é desrespeitosa. Ao mesmo "anônimo": se hoje lanço pela Record, seria bom que soubesses que já fui autor independente e nunca lancei em bares. Meus 3 livros independentes foram lançados em livrarias! Talvez por isso hoje eu seja publicado pela Record!

    Abraço<

    CK

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  18. Este comentário foi removido pelo autor.

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  19. Concordo com o Charles, democracia é respeito, e o "anônimo" que fez comentários sobre o Cardoso foi tremendamente desrespeitoso - e grosseiro. Aliás, o próprio anonimato (a menos que legalmente justificado) é uma prática desrespeitosa.

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  20. Comunico aos meus seguidores e leitores que deletei o comentário injurioso feito aqui por um "Anônimo" a outro escritor. Valho-me do poder discricionário que a Lei me confere, visto que sou o "proprietário intelectual" deste blog.

    Outros usam filtros e confirmações para permitir a postagem de comentários.

    Eu, que acredito na democracia e na responsabilidade pessoal, dou total liberdade aos meus visitantes, mas não aceito a injúria, a difamação e outros crimes tipificados na Lei.

    Charles Kiefer

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  21. Precisamos, nesse caso, ter abertismo mental. Dualismo entre certo e errado, livraria ou bar, vai da escolha da pessoa, do autor propriamente. Se preenche a finalidade, (valorizando o conteúdo, e não a forma) é o que vale!

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