quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O Jardim do Eden é aqui

Este texto encontra-se agora em Para ser escritor, Editora Leya, 2010.

4 comentários:

  1. Pois então... concordo, mas penso que, mil vezes melhor construirem (mesmo que artificialmente) um espaço verde, com àrvores, lagos e tudo mais, do que ficarem apenas erguendo prédios e estruturas de cimento por aí.

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  3. Meu paraíso teria muita coisa do que o mundo atual tem hoje, com seus "prédios e estruturas de cimento", como diz o Daniel Braga, acima, pejorativamente. Concordo com o Charles, a terra é o Jardim do Éden, é o nosso enorme parque em construção. Um lugar em que - ainda bem - crescem em abundância, entre outras coisas, o cimento e o aço, que nos protegem de nossas inimigas mais antigas, as intempéries naturais.
    Quanto ao problema do clima, quem transformou desertos em pomares, como disse o Charles, abriu canais que cruzaram continentes (o Panamá e, também, o Suez), quem descobriu a forma de transformar em energia o carvão sob a terra (aquele mesmo que abismou Alexandre e seus exércitos há 2.300 anos, na forma do líquido negro e viscoso a empoçar as areias pérsicas), quem hoje retira energia colossal dos átomos, não encontrará brevemente – se é que já não a encontrou – solução para o importante problema do aquecimento global? Sinceramente, nem do ponto de vista de um cético consigo imaginar que não.
    Assim como um ecologista acredita no poder redentor, quase místico, da natureza (como já o faziam, aliás, os românticos no século XIX), ou como um crente crê em deus, eu acredito na extraordinária força humana. Somos a solução, não o problema. Meus verdadeiros deuses, cientistas ou artistas, ateus ou fiéis, serão sempre eles, os construtores do Jardim – os grandes homens.

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  4. O homem pode destruir pra construir, mas também pode construir pra destruir. Acho que é nessa questão que a humanidade deve se deter.

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