Excelente, este, Charles! Não precisei nem buscar, surgiu-me na mente, instantaneamente, um paralelo, na literatura, do encontro destes dois tipos:
O Linear é o Esteves, e o Oblíquo é o topetudo que observa a tabacaria de fronte à janela de sua casa. Quem não leu precisa ler Tabacaria de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa). Pois bem, Charles, faço este prelúdio para dizer que conheço uns 2 ou 3 oblíquos de pedigre. São todos assim, como você descreve. Não há maneira de se arrancar objetividade deles. Não há como se saber, ao certo, o que pensam. Parece a nós, pobres mortais, que quando conversamos com um desses fidalgos, somos muito, muito pouco letrados, despreparados... Há sempre alí, naqueles lábios aristocráticos, um sorrisinho ironico e menosprezante louco para emergir, algo muito sutil, estilo o da Gioconda de Da Vinci.
Sempre que me surpreendo cometendo a besteira de aprofundar bate-papos com Oblíquos, me sinto um idiota, um legítimo Esteves-sem-metafísica, com minhas reflexões rasas e ignóbeis, diante daquele deus do conhecimento e senhor das verdades!
Abaixo um trechinho do encontro entre o Esteves e a personagem (Oblíquoa)do poema Tabacaria:
"(...)levanto-me da cadeira. Vou à janela. O homem saiu da Tabacaria. Ah, conheço-o! É o Esteves sem metafísica(...). Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me. Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus, ó Esteves!, e o universo reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança(...)."
Engraçado, as pessoas me chamam de "mulher de opinião", como se isso fosse um problema. Conheço vários oblíquos, os chamo "ocos". Me irritam! Acho que os irrito também. Maravilhoso texto. Adorei a palavra monólogo no contexto. Bjs.
Excelente, este, Charles! Não precisei nem buscar, surgiu-me na mente, instantaneamente, um paralelo, na literatura, do encontro destes dois tipos:
ResponderExcluirO Linear é o Esteves, e o Oblíquo é o topetudo que observa a tabacaria de fronte à janela de sua casa. Quem não leu precisa ler Tabacaria de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa). Pois bem, Charles, faço este prelúdio para dizer que conheço uns 2 ou 3 oblíquos de pedigre. São todos assim, como você descreve. Não há maneira de se arrancar objetividade deles. Não há como se saber, ao certo, o que pensam. Parece a nós, pobres mortais, que quando conversamos com um desses fidalgos, somos muito, muito pouco letrados, despreparados... Há sempre alí, naqueles lábios aristocráticos, um sorrisinho ironico e menosprezante louco para emergir, algo muito sutil, estilo o da Gioconda de Da Vinci.
Sempre que me surpreendo cometendo a besteira de aprofundar bate-papos com Oblíquos, me sinto um idiota, um legítimo Esteves-sem-metafísica, com minhas reflexões rasas e ignóbeis, diante daquele deus do conhecimento e senhor das verdades!
Abaixo um trechinho do encontro entre o Esteves e a personagem (Oblíquoa)do poema Tabacaria:
"(...)levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria. Ah, conheço-o! É o Esteves sem metafísica(...). Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me. Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus, ó Esteves!, e o universo reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança(...)."
Abraços, Charles
Cesar Cruz
S.Paulo, Capital
De médico e de oblíquo, todo mundo tem um pouco! Bj!
ResponderExcluirMuito bem colocado, Charles!
ResponderExcluirBjos!
Charles, adorei, posso postar no meu blog? Bj
ResponderExcluirSim, Paula, podes, desde que refiras a autoria.
ResponderExcluirBj,
CK
Engraçado, as pessoas me chamam de "mulher de opinião", como se isso fosse um problema. Conheço vários oblíquos, os chamo "ocos". Me irritam!
ResponderExcluirAcho que os irrito também.
Maravilhoso texto. Adorei a palavra monólogo no contexto.
Bjs.